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O papado

Papa (do latim "Papa",[1][2] do grego πάππας,[3] Pappas[4] uma palavra carinhosa para pai), também chamado de Santo Padre, é o Bispo de Roma, e como tal, é o líder mundial da Igreja Católica Apostólica Romana. O atual sumo pontífice, eleito a 8 de maio de 2025, é o Papa Leão XIV.

O Papa é eleito pelo Colégio dos Cardeais[5] por meio do Conclave e seu posto é vitalício.[6] Seu cargo eclesiástico é chamado de Papado e sua sede de "Santa Sé". Também é o Chefe de Estado da Cidade do Vaticano,[7] uma cidade-estado soberana enclavada por Roma. O primeiro papa foi São Pedro, apóstolo de Jesus,[8][9] e de acordo com a tradição católica os Papas, como seus sucessores, possuem autoridade para governá-la, e infalibilidade para ensinar e definir pontos da fé cristã quando se pronuncia ex cathedra.[10][11][12][13]

O papado é uma das instituições mais antigas e duradouras do mundo, e teve uma participação proeminente na história da humanidade.[14] Os papas na Antiguidade auxiliaram na propagação do cristianismo e a resolver diversas disputas doutrinárias.[15] Na Idade Média eles desempenharam um papel secular importante na Europa Ocidental, muitas vezes, servindo de árbitros entre os monarcas e evitando diversas guerras na Europa.[16][17] Atualmente, para além da expansão e doutrina da fé cristã, os Papas se dedicam ao ecumenismo, e diálogo inter-religioso, a trabalhos de caridade e à defesa dos direitos humanos, principalmente através de pronunciamentos à humanidade e visitas aos diversos países do mundo.[18][19][20]

Autoridade na Igreja Católica

Dogma e doutrina católica

Ver artigos principais: Primazia, Infalibilidade papal, e Papado

O estatuto e a autoridade do Papa na Igreja Católica, tais como sua primazia e infalibilidade, foi dogmaticamente definido pelo Concílio Vaticano I, em 18 de julho de 1870, na Constituição dogmática Pastor Aeternus, que estabeleceu os seguintes cânones:[21]

Se, pois, alguém disser que o Apóstolo S. Pedro não foi constituído por Jesus Cristo príncipe de todos os Apóstolos e chefe visível de toda a Igreja militante; ou disser que ele não recebeu direta e imediatamente do mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo o primado de verdadeira e própria jurisdição, mas apenas o primado de honra – seja excomungado.Se, portanto, alguém negar ser de direito divino e por instituição do próprio Cristo que S. Pedro tem perpétuos sucessores no primado da Igreja universal; ou que o Romano Pontífice não é o sucessor de S. Pedro no mesmo primado – seja excomungado.Se, pois alguém disser que ao Romano Pontífice cabe apenas o ofício de inspeção ou direção, mas não o pleno e supremo poder de jurisdição sobre toda a Igreja, não só nas coisas referentes à e aos costumes, mas também nas que se referem à disciplina e ao governo da Igreja, espalhada por todo o mundo; ou disser que ele só goza da parte principal deste supremo poder, e não de toda a sua plenitude; ou disser que este seu poder não é ordinário e imediato, quer sobre todas e cada uma das igrejas quer sobre todos e cada um dos pastores e fiéis – seja excomungado.Por isso Nós, apegando-nos à Tradição recebida desde o início da fé cristã, para a glória de Deus, nosso Salvador, para exaltação da religião católica, e para a salvação dos povos cristãos, com a aprovação do Sagrado Concílio, ensinamos e definimos como dogma divinamente revelado que o Romano Pontífice, quando fala ex cathedra, isto é, quando, no desempenho do ministério de pastor e doutor de todos os cristãos, define com sua suprema autoridade apostólica alguma doutrina referente à fé e à moral para toda a Igreja, em virtude da assistência divina prometida a ele na pessoa de São Pedro, goza daquela infalibilidade com a qual Cristo quis munir a sua Igreja quando define alguma doutrina sobre a fé e a moral; e que, portanto, tais declarações do Romano Pontífice são por si mesmas, e não apenas em virtude do consenso da Igreja, irreformáveis. Se, porém, alguém ousar contrariar esta nossa definição, o que Deus não permita, - seja excomungado.



 
 
 

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