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Festival Internacional de Teatro da Caatinga é realizado em 4 cidades do sertão baiano


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Irecê, João Dourado, Ibititá e Lapão recebem apresentações, oficinas e cortejos cênicos, aproximando a arte de diferentes comunidades, incluindo áreas quilombolas e rurais, fortalecendo a diversidade cultural

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O 8º Festival Internacional de Teatro da Caatinga segue em ritmo vibrante, transformando o sertão baiano em um palco de encontros artísticos inesquecíveis. Após um primeiro final de semana histórico, com a presença de mestres como Eugenio Barba e o Odin Teatret, o FITCaatinga entra agora em sua segunda semana, até 23 de agosto, com uma programação plural e intensa que reafirma o teatro como espaço de resistência, poesia e transformação coletiva.

A abertura oficial do FITCaatinga aconteceu na última quinta-feira, dia 14, no Teatro Ataídes Ribeiro, em Irecê, reunindo autoridades e público em um momento simbólico. Estiveram presentes Maria Marighella, presidenta da Funarte, e Gabriela Sanddyego, diretora das artes da Funceb, representando o secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro. Logo após a solenidade, o palco foi tomado pela encenação de “Caetés, o Silêncio e Outros Ramos”, espetáculo do Núcleo Caatinga, que abriu com força poética a programação.

 

Em 4 cidades da Caatinga

A realização do FITCaatinga em quatro cidades — Irecê, João Dourado, Ibititá e Lapão e nas comunidades Baixão do Zé Preto, Meia-Hora e Angical — ressalta a força e o alcance do festival, mostrando que a arte não se limita a um único espaço, mas pulsa em múltiplos territórios e comunidades. Ao ocupar teatros tradicionais, praças públicas e ruas, o festival aproxima o público de experiências únicas, tornando acessível a dança, o teatro e a performance em contextos urbanos e rurais, incluindo áreas quilombolas e locais historicamente menos contemplados por eventos culturais.

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Essa expansão geográfica fortalece a diversidade artística e a troca cultural, permitindo que obras nacionais e internacionais dialoguem diretamente com as pessoas, fomentando o intercâmbio de saberes e práticas. Cada cidade se torna um ponto de encontro entre tradição e inovação, entre mestres do teatro mundial e artistas locais, promovendo não apenas apresentações, mas seminários, oficinas e cortejos cênicos que envolvem comunidades inteiras.

Em 2025 o FITCaatinga é realizado com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura via Política Nacional Aldir Blanc Bahia (PNAB), e do Ministério da Cultura – Governo Federal e conta com as parcerias das prefeituras de Irecê, João Dourado, Ibititá e da Embasa. O festival chega com a força de quem faz do sertão um lugar de intercâmbio, diversidade e resistência artística.

 

Paulo Atto, Eugênio Barba e Julia Varley

Em 2025 edição histórica

Criado em 2012 pelo diretor e dramaturgo Paulo Atto, o FITCaatinga reafirma-se em 2025 como um projeto transformador que leva o teatro para o semiárido, abrindo espaço de intercâmbio e diversidade cultural. Até 23 de agosto, Irecê será ponto de encontro de artistas brasileiros e nomes consagrados do teatro mundial — entre eles, o mestre Eugenio Barba, fundador do Odin Teatret, que esteve pela primeira vez no interior da Bahia.

Na sexta-feira, 15, Barba conduziu uma masterclass exclusiva ao lado da atriz e diretora Julia Varley, oportunidade rara para os participantes selecionados. À noite, o público voltou ao Teatro Ataídes Ribeiro para assistir a A Travessia do Grão Profundo, nova criação do Núcleo Caatinga.

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O sábado, 16, começou com o Seminário das Artes do Espetáculo, no Espaço Colaborar, e levou o teatro para o povoado Baixão do Zé Preto, com performances do grupo Jirreh Artes e nova apresentação de A Travessia do Grão Profundo. À noite, o histórico encontro com o Odin Teatret ganhou contornos épicos com a apresentação do espetáculo “Compaixão”, que lotou o Teatro Ataídes Ribeiro.

No domingo, 17, a programação se espalhou entre Irecê e o povoado de Meia Hora. Durante a tarde, o Seminário seguiu no Espaço Colaborar, enquanto a praça Chico Mendes recebeu o espetáculo “O Sentido da Vida”, do Limiar Teatro. No mesmo horário, o povoado de Meia Hora recebeu novamente o grupo Jirreh Artes e o Núcleo Caatinga. Encerrando a noite, o Teatro Ataídes Ribeiro foi tomado pela força de “A Língua em Pedaços”, protagonizado por Ana Cecília Costa e Joca Andreazza, que emocionou a plateia.

De seminários a espetáculos internacionais, das praças às ruas, dos palcos tradicionais às comunidades quilombolas, o festival celebra a diversidade das artes cênicas e aproxima o público de experiências raras.

 
 
 

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