Dra. Ana Rodrigues Psicóloga fala sobre Assédio Moral!

Dra. Ana Rodrigues, atua na Unisba, Universidade de Salvador. Psicóloga profissional da saúde há 40 anos.

Por Fernando Gama

Fernando Gama: Na visão da profissional  que tem base sobre o assunto, como a senhora defini este mal nos dias de hoje e desde sempre?

DRA.ANA RODRIGUES - ASSÉDIO MORAL - É Assédio Moral no ambiente de trabalho como temática, as vezes muda o nome e tem coisas que mudam o nome e algo que ocorre em uma pessoa. As vezes como um mal-estar muito grande. Começa, não consegue identificar, não tem muita consciência e não está conseguindo trabalhar e a casos que fica nítida pra ela e ela consegue trabalhar basicamente. É alguém submetido abaixo das suas qualificações.

Fernando Gama - Qual o conselho a senhora daria para aqueles que enfrentam este mal no seu dia a dia?  

DRA. Ana Rodrigues   - A questão é ter acima de tudo o tratamento medicamentoso, a medicação melhora o seu estado e a possibilidade de construir um outro projeto, ela não passa até você conseguir compreender no meu ponto de vista. O fato de você está fazendo uma matéria é o fato de você está vendo o que você passou, a pessoa pode ter uma relação com o assédio e o assediado pode achar que ele quer estar errado e é difícil a pessoa se dar conta que não é ele que está fazendo aquilo o importante enquanto você está sofrendo o Assédio Moral

Fernando Gama – Por que ainda não existe uma lei mais forte contra aqueles que são responsáveis pelo Assédio Moral nas empresas?

Ana Rodrigues- Você já viu Juiz legislar contra ele mesmo? não é falta de lei, é a mesma coisa no trabalho. Se muitos aceitam essa situação assediante você sai do emprego e outros tomam a sua vaga as empresas em que ocorrem muito assédio são as empresas de SAC. Então porque se não mudava o ambiente de assédio para se livrar do sofrimento aumentava o número de produtividade. Eu não penso que aumentar a punição resolva por punitivo maior controle de horário, o funcionário super vigiado você se “afastou da sua mesa” “você atendeu mau” a própria punição é a lógica do assédio. Isso é um problema para a intervenção não é a falta de comunicação e a legislação e frigorifico, são produtores das doenças mais graves que existem. Não me surpreende o exemplo do frigorifico   e você ter o exemplo do SAC, pois são exemplos de empresas onde o assédio opera tem tipos de trabalhos que vem a relação de forma assediante.

Fernando Gama Se existe e qual índice de suicídio por causa do assédio?

DRA. Ana Rodrigues -    Olha a questão do suicídio, o que acontece é que nós temos um índice muito grande de suicídio. Você pode olhar o mapa do índice de morte entra no Ministério da Saúde e ver os indicadores de morte não só em termos geral mais a causa de morte, as faixas etárias, o suicídio acontece onde está passando uma crise econômica severa este é um dos grandes motivos.  Na Grécia, no Chile são países também com alto índice de suicídio. Não é questão do desenvolvimento isso é questão do desemprego, se você tem desemprego a questão da aposentadoria se não poder se aposentar causa de uma certa forma o suicídio. A questão do suicídio tem essa complexidade toda por exemplo se jogar na frente de um carro pode ser um acidente você vai verificar não é um suicídio de certa forma a queda da bolsa em 1929 Nova York. Quando Collor confiscou a poupança está em todas as classes sociais, na classe média, são vários fatores combinado então o assedio em época de crise econômica pode dar suicídio. Suicídio não é algo direto com o assédio, se o assédio está acontecendo em tempos de crise econômica favorável você vai se tratar e são consequências mais graves, se você não seguir uma outra saída de trabalho e mesmo com a medicação o suicídio não tem a ver com assedio.

Fernando gama – Quais os principais fatores que levam a prática do Assédio Moral no ambiente de trabalho?

Ana Rodrigues  - Um deles já falei pra você. Uma certa crença se eu tenho um ambiente que cobra muito de forma desnecessária, existe essa lógica de que vai produzir mais e existe como uma ideia de funcionamento de trabalho. Se é uma empresa privada você joga aquele funcionário e pega outro então você pode alterar essa lógica lembrando como num país como o nosso, com tantos empregados é uma tentação muito grande usar essa lógica usar até então sobrar nada como.  O Assédio Moral está vinculado a você ter uma pessoa fazendo atividades além da conta.                                                                                                                                    

Fernando gama – Não deveria existir dentro das empresas o setor para as pessoas que sofrem esse assédio possam relatar e resolver esses problemas?

DRA. Ana Rodrigues    – Sim...sim, as quais são os desafios  eu concordo com você deve haver esse setor na empresa um profissional junto com outros não só da Psicologia mais outros profissionais uma equipe de saúde o Médico do Trabalho. E qual o desafio é que este setor muitas vezes o Psicólogo ao pensar que está ajudando como funcionário ele entra na mesma lógica existe um tipo de funcionamento como se contratasse um capitão do mato. Tipo “não você não justificou aqui o ponto” é alguém que está lá com essa função é um certo modo de pensar o modo de funcionamento no trabalho. “Ah! mais você não justificou aqui o ponto” é alguém que está lá com essa função é um certo modo de pensar o funcionamento se você pega  Psicólogo, um administrador. Se ele acredita nesse tipo de funcionamento a cobrança desse setor, a cobrança central do assédio não pode ser somente um setor de especialistas deve ter algum momento desse setor que se escute essas pessoas que as pessoas se ouçam entre elas não individual por que se todo mundo se é fulana ira ter constrangimento pegando você individualmente o outro individualmente mais se ela tem que lidar com o grupo.

FERNANDO GAMA – Quais as origens do surgimento deste mal o Assédio Moral no mundo?

DRA. Ana Rodrigues -   Existe esse grupo de psicodinâmica do trabalho na França é que o assédio trabalha em cima de uma certa identidade, se você está maltratando todo mundo, todo mundo é testemunha o problema não é individual, o problema é de um certo modo de funcionar quando você individualiza esse sofrimento ai que caracteriza o assedio.

FERNANDO GAMA – Quais os primeiros sinais em funcionário ou pessoa está sofrendo Assédio Moral?

DRA. Ana Rodrigues   - Quando falei anteriormente: a pessoa não consegue ir até o trabalho começa adoecer a pessoa nem percebe que já é efeito do assédio ela começa a ter mal estar para trabalhar tem um outro quadro parecido que é bolsa quando uma pessoa não consegue ir ao local de trabalho. A questão do assédio ela deve ter uma data é quando começa a identificar sofrimento psíquico no trabalho uma forma de identificar é isso, a pessoa começa a entrar em sofrimento entra em processo de irritabilidade e ai começa o efeito cascata começa a brigar com todo mundo ai você descarrega no outro.                                                                         

FERNANDO GAMA Infelizmente o dono do poder, patrões muitas vezes não são punidos em função do seu poder?

DRA. Ana Rodrigues     - O que é importante dizer eu acho que o Brasil apela de mais para isso. Eu acho que nós perdemos talvez seja a minha maior censura o pessoal que quer seguir de esquerda e a gente espera dar uma resposta a questão legal por que? se você tão um conhecimento científico o que é raríssimo quem tem

FERNANDO GAMA – Na opinião da senhora o que deveria ser feito a curto prazo para este mal não venha mais acontecer principalmente no ambiente de trabalho?

DRA. Ana Rodrigues   - A gente não resolve assédio sozinho e se você tentar resolver sozinho será mais assediado. Ainda toda vez que você tenta enfrentar uma situação dessa sozinho o assédio ganha assédio se enfrenta coletivamente é estimular a coletividade de fazer o enfrentamento